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sábado, 12 de julho de 2014

Blog de Antonio Roberto publica matéria sobre EaD em nossa Luís Gomes


No âmago de suas potencialidades, o processo de ensino-aprendizagem na modalidade EAD (Ensino a Distância), propicia uma série de vantagens não só para o alunado como para a sociedade moderna, cada vez mais entrelaçada com os as novas tecnologias de informação e comunicação, colaboram na transformação do espaço e do tempo (BELLONI, 1999).
Muito tem se estudado sobre a sua dinâmica, fundamentos técnicos e operacionais, maneira esta de melhorar cada vez mais os seus recursos e resultados. Preti (2009) enfoca a aprendizagem como uma grande aventura. Souza e Gomes (2008) analisam desde as abordagens teóricas de aprendizagem e cognição até os ambientes virtuais de aprendizagem e o ciberespaço. Belloni (1999) destaca a educação como ação contínua na vida das pessoas em sistemas “ensinantes”, como resposta as necessidades da própria sociedade.
O foco de Carvalho (2006) é o da democratização do conhecimento. Wissmann (2006) põe em evidência a autonomia trazida pela EAD e a crescente procura pelo público mais experiente. 
Tal propósito é refletido no município de Luís Gomes, através do Pólo Universitário de Luís Gomes “Alzenir Pereira Firmino Nunes” – PUAP, que resulta de uma iniciativa da gestão pública, através da Universidade Aberta do Brasil, criada “em 2005 para a implantação de cursos na modalidade à distância em diversas áreas” (CARVALHO, 2006, p.52), propiciando a disseminação de tal modalidade pelo território nacional.


Através de uma visão aberta, o PUAP participa de princípios importantes e norteadores da prática pedagógica diferenciada da EAD, tais como a do professor coletivo e o estudante autônomo (BELLONI, 1999), com “propostas que envolvam práticas educacionais criativas, com ênfase em valores como o conhecimento crítico, a autonomia do pensamento, flexibilidade e habilidade para o desempenho de funções que se renovam a cada momento” (KENSKI, 2005, p.18).
Mas para que isso ocorra, é necessária a atuação decisiva dos vários segmentos da estrutura no Ensino a Distância. Para sua efetivação é preciso enfrentar desafios psico-sócio-culturais, operacionais e das organizações públicas distantes (FILHO, 2006). Enfim, o dinâmica de EAD só é possível quando esses desafios são superados, quando recursos técnicos/físicos  (meio utilizado, materiais, etc.), bem como aos recursos humanos envolvidos no  processo (professores, alunos, tutores, técnicos) (WISSMANN, 2006), cumprem o seu papel dentro do projeto pedagógico.
Também é importante que o professor tome a consciência de que o ensino é centrado no aprendiz, devendo assim, assumir-se como recurso do aprendente (BELLONI, 1999). Noutras palavras, “na metodologia de cursos a distância, o foco não está no conhecimento do professor – como em muitos casos no ensino presencial – mas na própria pessoa do aluno, que não pode esperar o dia da tutoria presencial para ler e aprender todo o conteúdo de um módulo” (FILHO, 2006, p.26).
O aluno também será corresponsável pelo êxito da caminhada, seu papel é central. “Ao invés da leitura de livros-texto e da solução dos problemas por eles propostos, os estudantes devem definir e aperfeiçoar, constantemente, a natureza do problema e reconstruir seus conhecimentos para o ajuste do problema” (JONASSEN, 1996, p.79), gerando autoconhecimento, autonomia, auto-organização (PRETI, 2009).
Afinal, muitos são benefícios trazidos pelo EAD, tanto para os alunos quanto para os professores, como afirma Oliveira (2002, p.92)

Nesses ambientes, os alunos-educadores podem desenvolver algumas metaqualificações, tais como: comunicabilidade, criatividade, competências sociais, estratégias de resolução de problemas, desenvolvimento da aprendizagem colaborativa, da intuição e da flexibilidade mental. Tudo isso corrobora ainda mais à sua formação como sujeitos autônomos e, complementarmente, sociais. Assim, ao invés de uma utilização da telemática inibidora da autoexpressão desses alunos-educadores, situando-os como simples receptores neste veículo de informação, é importante uma utilização de ambientes telemáticos em EaD que privilegie o diálogo e as manifestações intersubjetivas, dando vez e voz aos sujeitos envolvidos.

Além disso, o Ensino a Distância, para ganho de qualidade, deve considerar os conhecimentos prévios dos discentes nas políticas de planejamento e estratégias de aprendizagem, aproximando a realidade do aluno à realidade acadêmica, na promoção da interação entre aluno-docente, aluno-aluno, aluno-conteúdo, aluno-gestão acadêmica (FILHO, 2006). Cabem aos alunos também uma atitude de comprometimento, de entrega, de responsabilidade com suas atividades (PRETI, 2009).


Estas últimas serão realizadas tendo como ferramenta principal as TICs que “funcionam como interfaces, consolidando as inter-relações pessoais, as interações, a interatividade e a construção de sentidos e significados, além dos recursos de produção e comunicação” (OKADA, 2009, p.61).
Como vemos os recursos telemáticos efetivam a educação a distância sem prejuízos aos discentes, pelo contrário, agregam novas possibilidades e perspectivas de aprendizagem, rompendo o tempo e o espaço. É justamente nesse ponto que Kenski (2005, p.06) toca:

O uso das ferramentas comunicativas disponíveis na Internet – como o correio eletrônico, os chats (conversas) e fóruns de discussão – garantem maior troca e diálogo entre professores e alunos [...] as mídias digitais caminham para a integração de suas possibilidades, oferecendo condições que viabilizam o desenvolvimento de projetos educacionais para qualquer pessoa, a qualquer tempo e em qualquer lugar, desde que tenha acesso ao computador e à Internet.

Desse modo a EAD consolida-se como uma modalidade revolucionária na edificação do conhecimento por meio de um sistema eficaz, que propicia o “pensamento reflexivo, conversacional, contextual, complexo, intencional, colaborativo, construtivo e ativo” (BÉDARD, 2004, p.37).
Esse é o modelo educacional em EAD que se pretende alcançar e muitos desses resultados já foram vivenciados no PUAP e, consequentemente, no município de Luís Gomes e cidades circunvizinhas, transparência (accountibility), universalidade do saber, formação crítica voltada para mudança do mundo real, construção de uma cultura da práxis acadêmica, equidade, participação social, essenciais na construção das metas e do espírito de uma Universidade consciente de seu papel.

Fonte:http://arfn10.blogspot.com.br/2014/07/ensino-distancia-em-luis-gomes.html

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